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Nossa História

Nós, Carine e Marcio, trabalhávamos na mesma instituição, a atual UNESPAR-Apucarana, mas que em 2008 ainda era FECEA. Carine tinha apenas assumido o concurso para o departamento de Contabilidade e Marcio fazia parte desde 2004 do departamento de Administração. Ambos fomos convidados para o lançamento do Programa Universidade Sem Fronteiras em 2008 em Londrina, promovido pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná e consideramos, portanto, este o marco da nossa parceria. Aliás, ‘parceria’ é termo este que temos utilizado para significar uma relação de trabalho marcada pela importância de que ser parceiros, é uma relação de complementaridade. Nosso primeiro trabalho juntos foi intitulado “Programa de conscientização e capacitação para as empresas do Arranjo Produtivo Local (APL) de bonés da cidade de Apucarana e região do Vale do Ivaí visando a destinação correta dos resíduos sólidos resultantes do processo de industrialização”. Eis aqui algo que começou a fazer muito sentido na nossa trajetória, o cuidado com o meio-ambiente. Tivemos um trabalho intenso na tentativa de poder contribuir com as empresas da nossa querida Apucarana-PR para que os resíduos resultantes da produção de bonés da centenas de empresas ali localizadas pudessem ser melhor geridos.

Paralelamente o projeto “Programa de diagnóstico, formação e aprimoramento de pequenos empreendimentos do setor têxtil, vestuário e calçados do Vale do Ivaí com base na perspectiva da Economia Solidária” também foi constituído e nos ajudou a ter certeza de que a complementaridade da parceria e das nossas ideias poderia ser frutífera, assim como a Árvore da Vida. Em 2009 Marcio começou o doutorado e junto com Carine continua a acompanhar os projetos que ainda estavam sendo desenvolvidos. Durante dois anos tivemos a chance de participar de evento, conversar e debater nossas ideias com trabalhadoras e trabalhadores do setor de bonés e dos empreendimentos solidários da região do Vale do Ivaí. Assim, a nossa compreensão sobre aquilo que pesquisávamos poderia ser uma relação mais dialogada com nossos pares para que o conhecimento acadêmico produzido pudesse ser multivocalizado, real e o mais próximo daquilo que achamos que a prática do pesquisador precisa ser, com os “pés” no campo da pesquisa.

Entre os anos de 2009 e 2012 Marcio teve a oportunidade de fazer as primeiras leituras de Lev Semyonovich Vygotsky e Yves Clot, nas disciplinas que a professora Yára Bulgacov, em parceira com a professora Denise de Camargo ofereciam no doutorado da Universidade Positivo. Liliane Canopf e Jucelia Appio foram também parceiras na compreensão e no trabalho empírico.

O projeto “Estudo sobre as metodologias de pesquisa intervencionistas fundamentadas na perspectiva da Teoria da Atividade Histórico-cultural para aprendizagem organizacional: O Laboratório de Mudança e a Clínica da Atividade” é apresentado em 2013 como resultado do doutorado de Marcio. Nesse mesmo ano fomos convidados a desenvolver o Laboratório de Mudança no Hospital Universitário de Maringá (HUM) onde pudemos conhecer uma ferramenta teórico-metodológica importante para gestão de pessoas nas organizações, quando a necessidade de mudança é uma tarefa que o gestor considera ser coletiva, dialogada e provocadora de novas práticas pessoais e organizacionais.

Nenhum dos projetos até aqui foram desenvolvidos sozinhos; tivemos muita gente comprometida e determinada conosco. Alunos, ex-alunos e outros parceiros que assumiram a responsabilidade que a nós foi oferecida. Nossa história, que já não é mais somente da Carine e do Marcio, continua. Agora com mais gente interessada em estudar e compreender melhor aquilo que chamamos de Metodologias Intervencionistas. Nosso trabalho continua, em pesquisas acadêmicas e práticas organizacionais. A história está sendo construída em várias mãos, num diálogo permanente e seguro de que nada está definido, mas tudo ainda está por ser pensado, refletido, aprendido e desenvolvido.

A Árvore da Vida

Sendo esse desenho um símbolo sagrado para muitos povos, tendo como significado a criação, a fecundidade e a imortalidade, apresentamos a nossa história, construída (e em construção) desde 2008, numa parceria entre dois desconhecidos que se tornaram parceiros de trabalho e, posteriormente amigos. Portanto, esse símbolo representa muito daquilo que acreditamos, na prosperidade da amizade, no trabalho comprometido com as pessoas e para as pessoas e na ideia de que a cada pequeno passo dado nessa construção diária possamos contribuir para um mundo melhor.